terça-feira, 30 de novembro de 2010

O Sentido da Vida

O SENTIDO DA VIDA

(Plínio Paiva)

Ao me perguntar sobre o sentido da vida, penso na evolução de um pássaro. Do ninho, ao encobrir-se em volta do ovo, lança-se aos ares, sem limites.
Na vida, somos convidados a eclodir e lançar para novas experiências. Somos convidados a sair da casca de nós mesmos, romper com aquilo que nos aprisiona.
Dessa forma, livres, sendo nós mesmos, estaremos preparados para galgar vitórias e conquistas. Qual o pássaro, nos libertamos para viver.
Não podemos esquecer, todavia, que o mesmo ovo que nos aprisiona é o ovo que nos prepara para a jornada. É nele que nos abrigamos e aquecemos para a vida.
Não é lícito, porém, desperdiçar a valiosa chance de lançarmos ao desconhecido. A vida é muito bela para ser desperdiçada e muito curta para ser entendida.
Ora, o que nos resta, pois? A escolha de nossa ação determinará nossa sorte: contentar-nos com a condição de embrião ou lançarmo-nos para os céus mais sublimes. 

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Teu Corpo

Teu Corpo
Plínio Paiva

Das brumas secretas do campo,
O vi surgindo, lânguido de um porto.
Fascínio me envolveu de sorte e tanto,
E dali emergiu para mim, teu corpo.
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As dores d´alma aos poucos,
Se foram, despedindo a tempo.
E os dias para mim de loucos,
Passaram a sublimes, em cada momento.
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Vi-me descobrindo teu cheiro,
E tuas curvas mansas, sinistras,
Me conduzindo para mim mesmo,
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A menina se revelou em pistas.
Aos poucos me tornei inteiro,
Para amar-te, sem medo, sem malícias!