O SENTIDO DA VIDA
(Plínio Paiva)
Ao me perguntar sobre o sentido da vida, penso na evolução de um pássaro. Do ninho, ao encobrir-se em volta do ovo, lança-se aos ares, sem limites.
Na vida, somos convidados a eclodir e lançar para novas experiências. Somos convidados a sair da casca de nós mesmos, romper com aquilo que nos aprisiona.
Dessa forma, livres, sendo nós mesmos, estaremos preparados para galgar vitórias e conquistas. Qual o pássaro, nos libertamos para viver.
Não podemos esquecer, todavia, que o mesmo ovo que nos aprisiona é o ovo que nos prepara para a jornada. É nele que nos abrigamos e aquecemos para a vida.
Não é lícito, porém, desperdiçar a valiosa chance de lançarmos ao desconhecido. A vida é muito bela para ser desperdiçada e muito curta para ser entendida.
Ora, o que nos resta, pois? A escolha de nossa ação determinará nossa sorte: contentar-nos com a condição de embrião ou lançarmo-nos para os céus mais sublimes.